quarta-feira, 15 de junho de 2011

12º ENCONTRO: O ESPÍRITO SANTO



PARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS
COMUNIDADE SANTA TEREZINHA DO MENINO JESUS
CRISMA 2011
12º ENCONTRO: O ESPÍRITO SANTO DE DEUS
Terceira Pessoa da Trindade Santa, este é o nome próprio daquele que adoramos e glorificamos com o Pai e o Filho.  "Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo".
O termo ‘Espírito’ traduz o termo hebraico: ‘Ruah”, o qual em sentido primeiro, significa sopro, ar, vento. Jesus utiliza justamente a imagem sensível para sugerir a Nicodemos a  novidade transcendente daquele que é pessoalmente o Sopro de  Deus, o Espírito divino.(Cf Jo 3,5-8).  Por outro lado, Espírito Santo são atributos divinos comuns às três pessoas Divinas.  Mas  ao juntar os dois termos, a Escritura, a Liturgia e a linguagem teológica designam à Pessoa inefável do Espírito Santo, sem equívoco possível com outros empregos dos termos “espírito”  e  “santo” .
Desde a ruptura da amizade dos homens com  Deus, por causa do pecado original, o Pai traçou um plano amoroso pra nos resgatar, reatar a união com Ele, através do Filho e do espírito Santo. Já no Antigo Testamento, Deus foi revelando seu plano de enviar o Espírito Santo.
      Isaías 35-4-7 - "Dizei àqueles que têm o coração perturbado: Tomai ânimo, não temais! Eis o vosso Deus!... Então se abrirão os olhos do cego. E se desimpedirão os ouvidos dos surdos; então o coxo saltará como um cervo, e a língua do mudo dará gritos alegres. Porque águas jorrarão no deserto e torrentes, na estepe. A terra queimada se converterá num lago, e a região da sede, em fontes. No covil dos chacais crescerão caniços e papiros".
       Ezequiel 11,19s - "eu lhes darei um só coração e os animarei com um espírito novo: extrairei do seu corpo o coração de pedra, para substituí-lo por um coração de carne”.

Sempre existiu
                Inicialmente o Espírito Santo não era conhecido pelos homens, embora desde sempre existisse:
      "A terra estava informe e vazia; as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas". (Gn 1,2) .
      No decorrer da Antiga escritura, vemos que o Espírito de Deus era derramado somente em algumas pessoas, a fim de move-las a uma ação especial. Esta unção era temporária, e beneficiava aos escolhidos por Deus, os juizes, os reis, os profetas, entre outros.  O Espírito Santo, Ruah, foi revelado por Jesus  como pessoa divina, a terceira da Trindade.
  •   Joel 3,1 - "Depois disso, acontecerá que derramarei o meu Espírito sobre todo ser vivo: vossos filhos e vossas filhas profetizarão; vossos anciãos terão sonhos, e vossos jovens terão visões".
  •   Atos 2,39 - "Pois a promessa é para vós, para vossos filhos e para todos os que ouvirem de longe o apelo do Senhor, nosso Deus".
  •   João 14,14 - "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco".
  •   Atos 1,5-8 e Jo 1,33  -  "mas descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins do mundo". (At 1,8)
  •   Lucas 24,49 - "Eu vos mandarei o Prometido de meu Pai; entretanto, permanecei na cidade, até que sejais revestidos da força do alto".
  •             No Novo Testamento, o Espírito Santo está diretamente ligado a Jesus e suas ações. Encontramos várias descrições do Espírito Santo como: Pomba, Vento, Água e Fogo.  Símbolos que a luz do Catecismo observamos seus significados:
  •               Água – O simbolismo deste elemento é significado da ação o Espírito Santo, ela  se torna o sinal sacramental e eficaz do novo nascimento: assim como a gestação,  nosso primeiro nascimento se operou na água – O Espírito, é, pois, também pessoalmente a água que jorra de Cristo crucificado – Nascimento e Fecundidade da vida no Espírito Santo.
  •               Fogo – Simboliza a energia transformadora dos atos do Espírito Santo. João Batista (Lc 1,17) anuncia cristo como aquele que “batizará  com o Espírito Santo com fogo” (Lc 3,16), esse Espírito, de Jesus dirá: “Vem trazer fogo à terra, e quando desejaria que já estivesse aceso!” (Lc 12,49). É sobre a forma de línguas “que se diriam de fogo” que o Espírito santo pousa sobre os discípulos na manhã de Pentecostes e os enche de Si.
  •              Pomba – Quando Cristo volta a subir da água do seu batismo, o  Espírito Santo, em forma de uma pomba desce sobre Ele e sobre  ele permanece (Cf Mt 3,16). O Espírito desce e repousa no coração purificado dos batizados.
Cumprimento da promessa:
Era  necessário que antes Jesus morresse, para que o Consolador pudesse vir (Jo 16,7). Agora não há mais nada que empeça o Espírito de derramar-se, como de fato vai acontecer em Pentecostes.
Obs: Já na cruz houve derramamento do Espírito Santo, no momento em que Jesus “entregou o espírito”, isto é, que morreu, e que também derramou o Espírito Santo, como é indicado também pela água e pelo sangue que lhe brotam do lado, se levamos em conta o que João escreve na sua primeira carta: “Três são os que testificam: o Espírito, a água e o sangue” (1Jo 5,7-8). O lado aberto refere-se à profecia de Ezequiel sobre o novo templo, de cujo lado sai  o rio de água viva (Cf.Ez 47,1ss): de fato, Jesus mesmo define seu corpo destruído e reconstruído como novo templo (Jo 2,19).
Mas é Pentecostes nossa herança, o cumprimento da promessa para nós  e nossos filhos, e se Pentecostes está no final da realização da salvação, está no início de sua aplicação a nós.  Nós não acabamos com o Espírito Santo, começamos com Ele... "Por isso, eu vos declaro: ninguém, falando sob a ação divina, pode dizer: Jesus seja maldito e ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor, senão sob a ação do Espírito Santo". (1Cor 12,3). A nossa vida espiritual começa no batismo, que é nosso Pentecostes.

DONS E CARISMAS
                                                                                                                                                              
 A presença do Espírito Santo nas pessoas e na comunidade eclesial se torna perceptível principalmente através de seus dons e carismas, concedidos a todos e a cada um para a unidade da Igreja (Ef 4,1-7). Essa variedade de dons é resumida pela Igreja na doutrina dos sete dons: sabedoria, entendimento, ciência, conselho, piedade, fortaleza e temor de Deus. É bom que reflitamos brevemente sobre cada um deles.

O dom da sabedoria fortalece nossa caridade e preparando-nos, desde já, para a visão plena de Deus, conferindo-lhe um conhecimento eminente. O sábio, segundo Deus, não é aquele que sabe coisas sobre Deus, mas que vive Deus. Não é o que simplesmente fala de Deus, mas quem o contempla. A sabedoria traz o gosto de Deus e de sua Palavra, permitindo-nos avaliar corretamente as realidades terrenas.

O dom do entendimento torna a nossa fé luz segura e sólida para o nosso caminho. Mediante este dom, o Espírito Santo nos permite perscrutar as profundezas de Deus, comunicando ao nosso coração uma particular participação no conhecimento divino, nos segredos do mundo e na intimidade do próprio Deus.

O dom da ciência nos permite um juízo reto sobre as criaturas, não colocando nelas a felicidade perfeita, nem o fim absoluto de tudo o que somos e temos. Faz com que o ser humano entenda que a aparência deste mundo é passageira (1Cor 7,31). O dom da ciência orienta-nos para Deus, desapegando-nos das criaturas.

O dom do conselho nos é dado para sanar a nossa natural precipitação ao dar uma resposta a um problema concreto que nos angustia, a uma escolha que devemos fazer. Quem acolhe este “conselho” sente-se em paz, sereno, readquire força e esperança. Também compreende que todos temos fraquezas e, portanto, devemos olhar-nos com olhos de compaixão.
O dom da piedade nasce de um Deus piedoso, bondoso e cheio de misericórdia para com os que erram. Nosso Deus é Deus da aliança e do perdão. Se Deus vive a sua aliança com o homem de maneira tão envolvente, o homem, por sua vez, sente-se também convidado a ser piedoso com todos.

O dom da fortaleza nos torna corajosos para enfrentar as dificuldades da vida cristã. Torna forte e heróica a fé. Lembremos a coragem dos mártires. Dá-nos perseverança e firmeza nas decisões. A fortaleza manifesta-se também na esperança. Afirma o profeta Isaías: “Os que esperam em Jahweh renovam suas forças, criam asas como águias, correm e não se fadigam, andam e não se cansam” (Is 40,31). Todos nós precisamos da força do Espírito Santo!

O dom do temor de Deus, tratando-se de um dom do Espírito Santo, não deve confundir-se com o medo de Deus. Também não significa uma atitude servil diante de Deus. Este dom nos mantém no devido respeito diante de Deus e na submissão à sua vontade, afastando-nos de tudo o que lhe possa desagradar. A confiança no Senhor constitui a terceira característica do temor de Deus.  O temor do Senhor é glória e honra, alegria e coroa de júbilo. Alegra o coração, dá contentamento, gozo e vida longa. A raiz da sabedoria é o temor do Senhor; e seus ramos são vida longa

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